sexta-feira, 13 de julho de 2012

APÓSTOLOS PEDRO E PAULO: os maiores disseminadores do Cristianismo Primitivo da Igreja do Senhor Jesus.



A Igreja Católica, em 29 de junho, festeja São Pedro e São Paulo e, na cultura de tradição popular, encerram-se as Festas Juninas.

O EDUCPOESIA, nesta postagem, enaltece a figura simplória de Pedro, no entanto, determinada, rígida em suas convicções e, Paulo, homem da cidade, ferrenho militar, perseguidor de cristãos, mas, que aderiu à fé em Jesus, depois de “derrubado do cavalo”, no caminho de Damasco.





PEDRO, pescador de homens

São Pedro, padroeiro das viúvas e primeiro papa da igreja, faz parte do seleto grupo de Santos que são festejados durante as Festas Juninas (Santo Antônio – 13 de junho, São João – 24 de junho, São Pedro – 29 de junho).
Pedro ou Simão, ao acompanhar os passos do Mestre de Nazaré, assimilou toda a proposta do Cristo e se colocou totalmente a serviço do novo projeto, manifestado em Jesus, de construção do Reino de Deus
Os Evangelhos de Jo:1,42; Lc: 13,14 e Mt:5,18-19 conta-nos que Jesus ao ser apresentado a Pedro disse-lhe: “Tu és Simão, filho de João, tu serás CEFAS (que quer dizer Pedra)”. Depois disso, lhes convidou: “Vinde após mim, e eu os farei pescadores de homens”.
Pedro não titubeou. Imediatamente, juntamente com seu irmão André, abandonou as redes de pescador, bem como, o barco pesqueiro e acompanhou a Jesus. Foi assim, que Pedro iniciou uma vida devotada a Cristo e à construção do Reino de Deus; deixou tudo o que havia planejado e construído para traz, quando ouviu o apelo sincero de Deus. Ele, um humilde pescador, juntou-se ao grupo dos colaboradores de Jesus e trabalhou, durante toda a sua vida, para que os desígnios de Deus fossem cumpridos junto ao Povo de Israel.
“A quem iremos, se só Tu tens palavras de vida eterna?” – Esta foi a resposta de Pedro dada a Jesus que tinha perguntado: “Vocês também não vão embora?”
O Mestre de Nazaré fez essa pergunta, aos discípulos, no momento em que foi abandonado por muitos de seus seguidores e a resposta de Pedro demonstrou a certeza que estava alojada em seu coração. Essa certeza levou o discípulo a confessar e persuadir milhares de pessoas da origem e da Realeza Divina de Jesus. A prova dessa certeza é novamente encontrada no Evangelho de Mateus, capítulo 16, versículo 16. Ali, Pedro, afirma com toda propriedade de ser Jesus, o Cristo, o Filho de Deus Vivo. Esse reconhecimento de Pedro foi retribuído por Jesus com as seguintes palavras: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus.” – MT: 16,18-19.
A passagem do Evangelho de São Mateus deixa claro que Jesus, ao ser confessado e reconhecido pelo discípulo, o institui chefe de sua Igreja aqui na Terra. Ele o declara líder número um de seu povo e outorga-lhe a missão de lançar os fundamentos da fé cristã, entre todos da casa de Israel.
Assim, Pedro é autorizado e, torna-se o primeiro condutor do Povo de Deus Cristão. Esse fio condutor atravessou os séculos e chegou até nós através dos papas. Os papas, sucessores de São Pedro, um após o outro, de Roma, lidera todos os Cristãos Católicos do mundo.
São Pedro foi o primeiro papa! Essa verdade é enfatizada no dia da Ascensão do Senhor aos Céus. - “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” – Perguntou-lhe o Mestre e a resposta afirmativa de Pedro levou Jesus a concluir: “Apascenta as minhas ovelhas.”
Mas, o escolhido do Salvador, como todo ser humano pecador teve seus momentos de dúvidas, de medo, de descontrole, de comodismo e de filáucia.
Em Mateus, capítulo 14, versículos 28-31, encontramos a narrativa do episódio em que Jesus caminha por sobre as águas do Mar da Galileia, deixando os discípulos assombrados. Diante desse temor, Jesus convida Pedro a descer do barco e a caminhar até Ele, andando por sobre as águas. Pedro O obedece e vai ao seu encontro, todavia, se vê tomado pelo medo e começa a afundar. Apavorado clama por socorro e é amparado pelas mãos do Mestre que lhe diz: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?”
A passagem bíblica acima elucida o fato de que nem mesmo o grande apóstolo escolhido de Jesus, ficou livre da dúvida e do medo em que estamos sujeitos nesta frágil, porém, complexa existência terrena.
Nós, em consequência do medo, deixamos muitas vezes de cumprir a nossa missão. Recuamos diante das injustiças, nos calamos diante dos poderosos e nos escondemos dos opressores do povo. Camuflamos a verdade, nos acomodamos e cultivamos a omissão.
O Evangelista São Marcos nos reporta que Pedro propôs ao Mestre a permanência deles no alto do monte. Que fossem construídas cabanas para Moisés, Elias e para o próprio Jesus (Mc: 9,5).
Pedro estava tentado a permanecer ali, protegido pelos profetas... Longe da miséria e do sofrimento do povo, bem como, da improbidade e do descaso das autoridades constituídas. O medo também motivou o nosso apóstolo a negar o Cristo, por três vezes, na noite em que foi preso e condenado à morte na cruz. Depois, amargamente, chorou arrependido de seu ato covarde, diante daqueles detratores assassinos.
A insegurança também se fez presente na vida de Pedro...
Na noite da última Ceia, pediu para João Evangelista perguntar ao Mestre quem seria o traidor. Não ousou fazer a pergunta diretamente!
Naquela mesma noite, teimou em não deixar Jesus lavar seus pés e só consentiu depois de advertido que não teria parte com o Senhor se persistisse naquela teimosia. A ceia revelou ainda um Pedro de promessas que não cumpridas. Prometeu nunca abandonar Jesus, nem que para isso tivesse que dar a própria vida. No entanto, não só o abandonou, como também lançou mão de violência, ao ferir com a espada, a orelha de Malco, um dos guardas do Sumo Sacerdote, por ocasião da prisão de Jesus, no Horto das Oliveiras. Violência descabida e condenada por Jesus. Esse gesto, apresentou um Pedro que ainda não havia compreendido os ensinamentos do Messias. Sua ignorância o encaminhou para uma reação revolucionária remanescente de sua antiga filiação ao Grupo dos Zelotas.
Os Zelotas acreditavam que só seriam livres através do uso da força, da espada. Enfim, adotavam o derramamento de sangue como meio de se conquistar a liberdade.
Mas foi valente depois destes acontecimentos. O Espírito Santo o fortaleceu e o fez compreender todas as coisas sãs e agradáveis a Deus.
“Quando eras moço, te cingias a ti mesmo, e andavas onde querias; mas quando fores velho, outro te cingirá, e te levará onde tu não queiras.” – Jo: 21,18-19.
Jesus anunciou, ao dizer isto, com que tipo de morte havia Pedro de glorificar a Deus.
Pedro foi assassinado, depois de julgado pelo Sinédrio, acusado de agitador do povo e de propagar doutrina subversiva, no caso, a doutrina Cristã. Ele foi condenado a morrer na cruz, assim como Jesus. Não se achando digno de morrer da mesma maneira do Mestre, Pedro, implorou a seus algozes que o crucificassem de cabeça para baixo. Assim foi feito.
Finalizando, os exorto a meditar nestas palavras, extraídas do Livro dos Atos dos Apóstolos, Capítulo:10, versículos: 34-35:
“... reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo”. – Apóstolo São Pedro.




PAULO DE TARSO, um soldado diligente e ágil

Paulo ou Saulo, ao contrário de Jesus e da maioria de seus discípulos, nasceu e cresceu numa grande cidade do Império Romano, a cidade de Tarso. Ali foi educado nos moldes urbanos e instruído dentro dos padrões dos homens nobres. Formou-se em escola militar e se tornou num militar de renome, muito respeitado e temido. Sempre muito disciplinado, Paulo, era um cumpridor do dever, defendia as elites, gozou de um vasto prestígio, acumulou bens. Um perfeito soldado; um homem de sucesso!
Ele não conheceu, pessoalmente, Jesus de Nazaré, e, abominou a nova doutrina, pregada pelos cristãos, a ponto de ser conivente e de testemunhar na morte de Estevão (primeiro mártir da era cristã), por apedrejamento (At.7,59).
Em Atos dos Apóstolos, 8,1 e 3; São João escreveu dizendo que Saulo, não só consentiu a morte de Estevão, como também colaborou na grande perseguição perpetrada e articulada contra a Igreja que estava em Jerusalém. Endurecido de coração e cego da verdade, não conseguia compreender a abnegação dos cristãos, que mesmo perseguidos e ameaçados de morte, não arredavam pé de anunciar o Evangelho com alegria e esperança. Nesses momentos, enquanto perseguia e assolava a Igreja, entrando pelas casas e arrastando homens e mulheres para a prisão, interiormente se perguntava: “De onde provém esta fé tão ardorosa? Que Jesus é este, professado por estas pessoas, que sentem-se felizes quando são afrontados, presos e até mortos por amor de seu nome e de sua doutrina? Loucos! Não passam de dementes! Precisam ser banidos da nação... Eu luto e defendo o que vejo e ganho por isso... Sou respeitado! Honrado! E estes? Só acumulam humilhações e são odiados por todos! Desprezíveis miseráveis... A eles, a prisão! A morte! O desprezo!”
Assim, Paulo, se alimentava e se convencia cada vez mais da necessidade de exterminar os cristãos. Foi com esse propósito que partiu para a cidade de Damasco, porém, foi surpreendido por um resplendor de luz do céu, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. Eu sou Jesus! Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer”.
E Saulo abrindo os olhos, não via a ninguém. Esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. Passado os três dias, Ananias, discípulo em Damasco, foi enviado por Deus até o lugar onde estava Saulo, e, impondo-lhe as mãos logo lhe caíram dos olhos como que escamas, e recuperou a vista, e levantando-se, foi batizado. E logo pregava a Jesus e anunciava, que este era o Filho de Deus.
Esta narração pode ser conferida em Atos dos Apóstolos, 9 e 22.
Paulo foi “derrubado do cavalo” por Jesus. Teve sua vida radicalmente transformada. De perseguidor passa a ser perseguido! Torna-se então, um autêntico e zeloso soldado da Igreja de Cristo, que percorreu milhares de quilômetros, pregando, divulgando e fundando comunidades cristãs, em vários pontos do Planeta. Passou a viver integralmente para Cristo, a ponto de revelar, em determinada ocasião: “Já não sou eu quem vivo em mim, mas sim, Cristo”.
Na Carta aos Efésios (cap. 3,1), declara-se prisioneiro de Jesus por causa dos gentios, e ainda, faz uso das palavras do profeta Jeremias, em sua Carta aos Gálatas (cap. 2,15): “... desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela graça”. Esta era a verdadeira vocação de Paulo: confessar Jesus no meio dos gentios e das autoridades, como foi no caso do rei Agripa (At. 26,28).
O Ministério de Paulo combateu à feitiçaria dos magos, nos alertou dos homens corruptos, privados da verdade e da piedade.
Não há dúvida que Paulo foi colocado por Deus, para luz e salvação até os confins da Terra e, por causa dessas coisas, foi lançado na prisão e açoitado sem piedade. Nessas Horas de repressão e tortura, o Senhor sempre aparecia a Paulo, em visão, e o confortava e o reanimava: Não temas, fale!” E a chama da coragem reacendia nele e, ele, não só falava, como também denunciava as ações perniciosas dos opressores. Expressões fortes e de longo alcance eram proferidas de sua boca: “A sua garganta é um sepulcro aberto. Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Em seus caminhos há destruição e miséria. Não conhecem o caminho da paz, nem o temor de Deus”. (RO: 3, trechos dos versículos 13,14,16 e 18). Já em 1ªCo: 4,8-13 – “Já estais fartos! Já estais ricos! Quanto a nós, apóstolos, somos condenados a morte, somos feitos espetáculo ao mundo. Somos loucos por amor de Cristo, por isso sofremos fome, sede, estamos nus, recebemos bofetadas, somos blasfemados, somos o lixo deste mundo a escória de todos.” Por amor de Ti somos entregues à morte todo o dia, fomos reputados como ovelhas para o matadouro (Ro: 8,36).
Quanto à sua pessoa, Paulo dizia: “Eu sou o menor dos apóstolos, não sou digno de ser chamado como tal, pois persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça sou o que sou. Trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (Co: 15, trecho dos versículos 9 e 10).
Já no final de sua vida, Paulo, pressentindo a chegada da hora de ser condenado e decapitado, diz: “Porque eu estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Aguardo agora, a coroa da justiça, que me será dada pelo Senhor, o justo Juiz” (2Ti: 4,6-8).
Terminando, Paulo, sumariamente, elucida o que foi toda a sua vida:
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos; que tivesse o dom da profecia, conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, tivesse toda fé, ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse AMOR eu nada seria, nada disso aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, crê, espera, suporta. Nunca falha. Agora, pois permanecem a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR, estes três, mas o maior destes é o AMOR. (Co: 13)


(Texto: Gladiston de Araújo / Fonte de Pesquisa: Bíblia Sagrada)



“Tu és Simão, filho de João, tu serás CEFAS (que quer dizer Pedra)”. Depois disso, lhes convidou: “Vinde após mim, e eu os farei pescadores de homens”.




"...Diante desse temor, Jesus convida Pedro a descer do barco e a caminhar até Ele, andando por sobre as águas. Pedro O obedece e vai ao seu encontro, todavia, se vê tomado pelo medo e começa a afundar. Apavorado clama por socorro e é amparado pelas mãos do Mestre que lhe diz: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?”
 


 O medo também motivou o nosso apóstolo a negar o Cristo, por três vezes, na noite em que foi preso e condenado à morte na cruz. Depois, amargamente, chorou arrependido de seu ato covarde, diante daqueles detratores assassinos.


“Quando eras moço, te cingias a ti mesmo, e andavas onde querias; mas quando fores velho, outro te cingirá, e te levará onde tu não queiras.” – Jo: 21,18-19.
Jesus anunciou, ao dizer isto, com que tipo de morte havia Pedro de glorificar a Deus.
Pedro foi assassinado, depois de julgado pelo Sinédrio, acusado de agitador do povo e de propagar doutrina subversiva, no caso, a doutrina Cristã. Ele foi condenado a morrer na cruz, assim como Jesus. Não se achando digno de morrer da mesma maneira do Mestre, Pedro, implorou a seus algozes que o crucificassem de cabeça para baixo. Assim foi feito.


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus.” – MT: 16,18-19.



Ele não conheceu, pessoalmente, Jesus de Nazaré, e, abominou a nova doutrina, pregada pelos cristãos, a ponto de ser conivente e de testemunhar na morte de Estevão (primeiro mártir da era cristã), por apedrejamento (At.7,59).
Em Atos dos Apóstolos, 8,1 e 3; São João escreveu dizendo que Saulo, não só consentiu a morte de Estevão, como também colaborou na grande perseguição perpetrada e articulada contra a Igreja que estava em Jerusalém.



“Saulo, Saulo, por que me persegues? Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. Eu sou Jesus! Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer”.


“Porque eu estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Aguardo agora, a coroa da justiça, que me será dada pelo Senhor, o justo Juiz” (2Ti: 4,6-8).