domingo, 21 de junho de 2020

ANTIGO MERCADO MUNICIPAL - Pousada de Tropeiros

“Local de encontro e comércio por excelência, trato público, exercício da cidadania e da urbanidade, os mercados são espelhos das cidades e até retratos de civilizações (mercado persa, mercado árabe, dentre outros). Pode-se dizer que se vê, se sente e se aprende a cultura de uma cidade nos seus mercados”. – Assim foi o Antigo Mercado Municipal de Felisburgo até a década de 1980 quando, com a transferência das suas atividades para um mercado novo, perdeu sua função original, entretanto, foi revitalizado e recebeu novas funções.  No prédio, atualmente, funcionam um escritório da EMATER-MG e uma Agência do Bando Itaú.

Designação: BI 001 Antigo Mercado Municipal
Tombamento: Decreto n° 005/98
Inscrição Livro do Tombo: N° 004 - Página 03v
Endereço: R: Deputado José Mendes Honório, s/n - Centro
Propriedade: Prefeitura Municipal de Felisburgo
Uso Institucional: Banco Itaú e EMATER-MG
Responsável: Prefeitura Municipal de Felisburgo
Inventário: 1998
Reconhecimento do IEPHA - 2020 - Exercício 2021
O Município de Felisburgo efetivou o reconhecimento dos valores histórico, arquitetônico, cultural e social da edificação do “Antigo Mercado Municipal” – Pousada de Tropeiros por meio do inventário e do tombamento. O acautelamento tornou possível propor diretrizes de intervenção com vistas a um plano de conservação mostrando o deferimento municipal da função identitária do prédio e garantir sua salvaguarda por várias gerações. 
O Antigo Mercado Municipal, sem dúvida, representa um momento de maior prosperidade econômica do antigo povoado e está na memória do povo da cidade. Desse modo, pode-se afirmar que dentro da contextualização histórico-social do Bem, sustenta-se a sua significância para a cidade de Felisburgo, no passado e no presente, por apresentar valor cultural, por ser um exemplar razoavelmente preservado da arquitetura do início do povoamento da cidade, sendo importante para as relações socioculturais do Município (valor sociocultural)
As regiões do Médio e Baixo Jequitinhonha, no decurso do Século XIX e início do Século XX, experimentaram muitos surtos de breves progressos, graças a atividades econômicas diversas. A mineração de pedras preciosas irrigou de dinheiro essas áreas. Por sua vez, muitas povoações descritas pelos naturalistas estrangeiros como vilas pioneiras e pobres, cresceram. Cidades que viviam para si e mantinham sólidas relações de trocas miúdas com o imenso entorno rural, vendendo manufaturas e ofertando ofícios artesanais.
O Povoado de Comercinho do Rubim do José Ferreira, atual Felisburgo, fundado no finalzinho do Século XIX, foi também contemplado com esses “breves progressos” e prosperou bastante. O pequeno comércio local ganhou impulso e a circulação de mercadorias e fornecedores de todas as regiões se intensificaram. Diante da ascensão comercial, foi construído o Antigo Mercado Municipal, em 1922, por Moisés Carneiro, liderança política e morador; e servia de local de venda e troca de mercadorias dos caixeiros viajantes e ponto de encontro dos tropeiros que ali passavam ou mesmo vinham, trazendo as boiadas para serem vendidas na localidade. 
Inicialmente, foram construídos pequenos cômodos um ao lado do outro em torno de um pátio. Era nesses espaços que viajantes e tropeiros faziam as parada e ali dormiam, tomavam banho e comiam. Em toda a região, o Antigo Mercado Municipal de Felisburgo, era conhecido como a parada dos tropeiros. No espaço do pátio a céu aberto criado entre as fileiras desses pequenos quartos, formava-se a feira para a venda, troca e compra de todo tipo de mercadoria. O tropeiro negociava o transporte e comercializava cargas de sua produtividade. Na infraestrutura desse transporte, estava o domador responsável pela doma dos animais, o cangalheiro que fazia e consertava as cangalhas, o seleiro que fazia, consertava e restaurava selas, pousadeiros que ofertavam serviços de pouso e descanso, as doceiras e biscoiteiras que montavam suas bancas nos arredores e muitos outros.
A feira se expandiu, e os moradores das redondezas como a comunidade da Prata e Quilombola Paraguai também começaram participar vendendo seus produtos agrícolas e manufaturados entre os próprios moradores ou com os viajantes, tais como: rapadura, cachaça, hortaliças, farinha, frangos, porcos.
Após alguns anos da finalização da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1956), a Igreja de São Sebastião, onde realizou-se a Primeira Missa do povoado em 1903, foi demolida e todo seu robusto madeiramento foi usado para a construção de um salão no pátio da Pousada dos Tropeiros para abrigar a feira. Assim, foi construída uma edificação em forma de retângulo com um imponente telhado de quatro águas e varanda em toda a fachada de frente.
O Antigo Mercado Municipal permaneceu em atividade até o final da década de 1980 quando com as novas demandas da modernidade, conforto e saúde pública, foi construído o novo mercado em 1988 e o velho mercado perdeu a sua função e ficou parado, fechado, como testemunha de uma fase econômica de Felisburgo até que em 1997, o prefeito Dr. Jairo Murta Pinto Coelho iniciou a obra de recuperação do prédio, modificações no seu interior com a construção de paredes divisórias e instalação de novas esquadrias de ferro e vidro. Concluída a obra, o prédio foi cedido para a instalação do extinto Banco do Estado de Minas Gerais – BEMGE. Atualmente, funcionam uma agência do Banco Itaú e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – EMATER-MG.
Vista do Antigo Mercado Municipal ao fundo
(Arquivo do Setor Municipal de Patrimônio Cultural – Década de 1980)
A edificação se encontra implantada em terreno plano de esquina de frente a uma generosa área de estacionamento e uma praça. O acesso se faz por uma escada de dois degraus e uma rampa do lado direito da fachada anterior. O revestimento do passeio e calçadas é feito com cimento no estado rústico. Não existem afastamentos: o lado direito é uma área pública de estacionamento; o de frente é alinhado com a via; o de fundo está na divisa do terreno com o vizinho e o lateral esquerdo é contíguo à construção adjacente.
Para análise estilística pode-se lançar mão de uma corrente arquitetônica pouco divulgada no Brasil, mas muito encontrada nas construções do interior da primeira metade do Século XX: o neocolonial. Tudo indica que o Antigo Mercado Municipal foi construído nesse contexto estilístico. O Distrito de Felisburgo era distante, de difícil acesso e as técnicas construtivas eram locais, sem grandes inovações. Mas não é difícil perceber através de uma leitura sobre estilos construtivos da época no Vale do Jequitinhonha observar as influencias de vários atores que de alguma forma levaram suas ideias para os lugares que viajavam. Comerciantes iam a Belo Horizonte, Rio de Janeiro e a São Paulo; outros, a Diamantina, Governador Valadares e a Montes Claros e como consequência trouxeram suas experiências e visões daquelas cidades.
O partido arquitetônico adotado lembra os casarões coloniais de fazendas com um retângulo e varanda em toda a extensão da fachada de frente e um telhado de quatro águas. Tem um único pavimento pouco acima do nível da rua. Há um equilíbrio entre os cheios e os vazados na fachada principal e, a varanda faz a transição ao interior da edificação. A fachada principal, voltada para a Praça José Dias Pinto Coelho, tem uma varanda em toda a sua extensão sustentada por cinco esteios de madeira de seção retangular. O fechamento é por uma cercadura de madeira ripada no sentido vertical e, ao centro, um portão de duas folhas de abrir com o mesmo material e desenho. Ao lado direito, uma pequena rampa garante a acessibilidade. Avista-se a água mestra do telhado de quatro águas com beiral em nível. Possui três vãos de janelas com sistema de correr em quatro folhas e com verga em arco abaulado e duas portas também em verga em arco abaulado com folha de abrir. Uma janela está à esquerda e as outras duas entre as duas portas, sendo uma na extrema direita. As folhas são quadriculadas com formas de losangos de ferro com vedação em vidro comum. A fachada lateral esquerda e a fachada posterior não possuem vãos, pois estão contíguas com as paredes das construções adjacentes. A fachada lateral direita está voltada para a via, tem dois vãos de janelas mais altas e com a verga em arco abaulado. As folhas são de ferro com vedação em vidro comum. Na parte superior avista-se a tacaniça do telhado de quatro águas. 
A edificação foi toda revestida externamente com reboco e pintado com tinta a base de água. Possui instalações de energia elétrica, água e esgoto. O sistema estrutural é caracterizado pelo sistema autoportante de adobes de barro assentados com argamassa de terra e cal. As paredes externas apresentam maior espessura que as internas. Os alicerces são em pedra e, externamente (onde são visíveis), apresentam-se salientes em relação à parede.
A cobertura tem quatro águas com telhas cerâmicas do tipo colonial, com encaixe do tipo capa e canal. A cumeeira é perpendicular à fachada principal. O engradamento é constituído por tesouras de peças robustas, cumeeiras, caibros, terças e frechais, com seções constantes. As ripas são em forma de réguas, sobre as quais se apóiam as telhas, não havendo, nesse caso, nenhum sistema auxiliar de fixação entre as partes, uma vez que as próprias telhas já possuem ressaltos que as fixam em seus lugares. A cumeeira e espigões são cobertos com telhas colocadas longitudinalmente, fixadas com a utilização de argamassa. O acesso ao interior do prédio se faz pelo portão ao centro ou na lateral direita por outro portão menor onde esta uma rampa. A varanda se estende em todo comprimento da fachada tendo somente a parte da frente aberta e fechada com um guarda-corpo de madeira com ripas no sentido vertical dispostas lado a lado com terminação em seta. São presas à duas peças horizontais de madeira que se encaixam nos esteios de madeira. A varanda tem forro de madeira pintado de branco. As paredes rebocadas e pintadas. Piso é de ardósia. Pelo lado esquerdo, funciona a agência bancária num salão com acesso a dois banheiros, uma copa e uma sala. Há um desnível de piso de uma sala para a outra. O piso da referida sala é de pedra ardósia. A copa e os banheiros receberam revestimento com azulejos. O forro é de PVC. Pelo lado esquerdo da varanda se acessa a parte ocupada pela instituição pública; se entra por uma sala de onde se acessa um corredor que ao lado há uma sala, e ao fundo, se chega a mais duas salas, copa e banheiro. Forro de madeira e outra parte ao fundo sem forro. Revestimento interno de reboco pintado e no banheiro azulejos cerâmicos.
Antigo Mercado antes da revitalização
(Arquivo do Setor Municipal de Patrimônio Cultural – Década de 1980)
O Antigo Mercado Municipal é um bem tombado isoladamente e está inserido no entorno da Praça José Dias Pinto Coelho que pertence ao Conjunto Paisagístico de Felisburgo e que também é tombado. Compõe juntamente com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Centro Cultural Baptista Brazil e o Casarão Bety Almeida, o conjunto de bens imóveis isolados de importância cultural inventariados e tombados e, que cujos perímetros de entorno de tombamentos se tangenciam ou sobrepõem-se.
As vias de acesso delimitado apresentam calçamento em paralelepípedos e a arborização do entorno se dá principalmente pela vegetação nos terrenos, que é composta por gramíneas e árvores de pequeno porte nos passeios. Tanto a Avenida Brasil quanto a Rua Deputado José Mendes Honório são vias largas, têm mão dupla e permitem estacionamento paralelo em um dos lados. A circulação diária de automóveis é significativa. A Avenida Brasil atravessa toda a cidade no seu sentido longitudinal, interligando o centro urbano a bairros e dando acesso às rodovias para os municípios vizinhos de Joaíma, Rio do Prado e Santa Helena de Minas.
As edificações do entorno apresentam na maioria apenas um pavimento, com alguns novos prédios comerciais de dois ou três pavimentos. Estas construções não apresentam um estilo definido, possuem afastamentos nas suas laterais e são geralmente alinhadas com o passeio no limite frontal do terreno. Não foi identificada uma grande tendência ao adensamento, pois verificou-se que poucas edificações sofreram acréscimo de segundo pavimento, bem como substituições de edificações. Existem grandes áreas de quintais e a existência de espaços para novas construções. A iluminação das vias se dá por meio de postes de concreto. Há telefones públicos, lixeiras e bancos no entorno. A concessionária CEMIG faz fornecimento de energia elétrica e o abastecimento de água e rede de esgoto são de responsabilidade da COPANOR, empresa filial da COPASA.
Depois de 1997 não houve intervenções de grande porte, apenas pequenos reparos, troca de algumas telhas e pintura. Atualmente, o prédio está todo coberto por uma camada de tinta branca, contrariando suas cores originais. Em 2020, a parte do prédio que sedia a EMATER-MG recebeu melhorias, por iniciativa/investimento da própria instituição. Com a aprovação do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural foi reparado o reboco em paredes internas e aplicada uma demão de tinta.
As diretrizes de proteção de salvaguarda do bem indicam caminhos e soluções através de intervenções alinhadas com o Setor Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural para manter o bom estado de conservação e preservação do bem. Para isso são necessários estudos e projetos criteriosos e acompanhados por técnicos da área. As diretrizes pontuam as seguintes intervenções: substituição das peças comprometidas do telhado; tratamento e imunização de todo o madeiramento do telhado do edifício; recuperação e tratamento do passeio, rampas e escadaria melhorando a acessibilidade; reversão para o forro de madeira em substituição ao atual forro de PVC; repintura geral do imóvel obedecendo as suas cores originais – Paredes internas: brancas / Paredes externas: azul petróleo / janelas e portas: azul Royal; gradil e esteios de madeira, caibros e ripas à vista: tinta a óleo branca; limpeza geral do edifício e manutenção periódica do mesmo; reorganização da fiação elétrica pública, através da rede aérea pela subterrânea; instalação de alarme e de segurança; instalação de sistema contra incêndios; inspeção e avaliação detalhada por técnicos especializados das instalações prediais, dando devida atenção à parte elétrica e às tubulações hidráulicas e sanitárias; estabelecimento de medidas de controle de altimetria das novas construções em todo o perímetro do entorno do bem, de modo a garantir a manutenção da visibilidade do bem no centro de Felisburgo; a edificação não poderá ser demolida, suas características originais devem ser preservadas, recuperadas ou restauradas; a aprovação de projetos na área de perimetral e de entorno  fica condicionada a análise prévia, caso a caso, pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Felisburgo, sempre se observando a preservação do meio ambiente, da paisagem natural e urbana e da visibilidade dos bens de interesse de preservação.
O Antigo Mercado Municipal está reconhecido pelo IEPHA-MG, Exercício 2021, para fins de pontuação no ICMS Cultural. Ele já foi apresentado anteriormente, mas sem sucesso, nos Exercícios 1999, 2001, 2003, 2019. Nestas tentativas não foi totalmente aprovado, conforme o verificado nas Fichas de Análise Técnica que alegam documentação incompleta ou necessitada de correções e ajustes.
Atualização da data de início da construção do “Antigo Mercado Municipal”, conforme informações adquiridas após o Inventário e Processo de Tombamento,  bem cultural é datado de 1922, com a construção dos cômodos de apoio aos tropeiros e caixeiros-viajantes e, mais tarde, no final dos anos de 1950, ampliado com a construção de um salão coberto, no pátio onde aconteciam as feiras.
O reconhecimento desse Bem Cultural, certamente, irá contribuir para a valorização do Patrimônio Cultural de Felisburgo, pois será possível ampliar e fortalecer as medidas protetivas que visam conservar o prédio.
Antigo Mercado Municipal – Arquivo do Setor Municipal de Patrimônio Cultural – 2008

Antigo Mercado Municipal / Destaque para as cores originais do Prédio – Arquivo do Setor Municipal de Patrimônio Cultural – 1998


Antigo Mercado Municipal / Destaque para as Festividades culturais que aconteciam no Bem – Arquivo do Setor Municipal de Patrimônio Cultural – 1983



Antigo Mercado - Destaque para as cores estranhas ao Prédio aplicadas pelo Banco Itaú 

REFERÊNCIAS DOCUMENTAIS

- SAINT-HILAIRE, August - Viagem pelo distrito dos diamantes e do litoral do Brasil – Belo Horizonte: Itatiaia, 1974.
- BRAZIL, Baptista – Inquérito Pastoril e Agrícola do Município de Jequitinhonha – Jequitinhonha Typographia Norte de Minas – 1922
- ANDRADE, Bruno M. Pereira – O Sertão do Jequitinhonha: demografia e família nas matas São Miguel do Jequitinhonha(1889 – 1911) – 2011 – 98 f. – Monografia (Bacharelado em História) Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP – Mariana-MG – 2011. 
AMARAL, Leila – Do Jequitinhonha aos canaviais: em busca do paraíso mineiro. 3v – Belo Horizonte – FAFICHI/UFMG – 1988 – Dissertação (Mestrado em Sociologia da Cultura).
- BOTELHO, Maria Izabel Vieira – O eterno reencontro entre o passado e o presente: um estudo sobre as práticas culturais no Vale do Jequitinhonha – Araraquara/SP – UNESP – 1999 – Tese (Doutorado em Sociologia)
- FERREIRA, André Velloso Batista – A formação da Rede de Cidades do Vale do Jequitinhonha – 140f. – Dissertação de Mestrado em Geografia – Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – Belo Horizonte – 1999 
MARTINS , Marcos Lobato – O Jequitinhonha dos viajantes, Século XIX e XX: Olhares diversos sobre as relações sociedade e natureza no nordeste mineiro. – Varia História – Belo Horizonte – Volume 24, n° 40: p.707-728 – julho/dezembro – 1999 
- MORENO, Cezar – A colonização e o povoamento do Baixo Jequitinhonha no Século XIX: A Guerra contra os Índios – Belo Horizonte – Canoa das Letras – 2001
- SANTIAGO, Luiz – O Vale dos Boqueirões: História do Vale do Jequitinhonha – volume 1 – Almenara – Edições Bocas da Caatinga – 1999
- PENA, Penélope Auxiliadora Peixoto – De Sétima Divisão Militar à cidade de Jequitinhonha – Belo Horizonte – Editora Plurartis – 2003 
VASCONCELLOS, Sylvio de – Dois Estudos – Porto Alegre – Instituto Estadual do Livro – 1960
Blog Educpoesia – Resenha da História de Felisburgo - 2012

FICHA TÉCNICA
Fotografias
Joeslane Gil da Silva
Vídeos

Áudios

Transcrição
Gladiston Batista de Araújo
Levantamento
Paula Andréia Costa Santos e Joeslane Gil da Silva
Elaboração
Gladiston Batista de Araújo
Revisão
Azenilda Camargo Costa e Paula Andréia Costa Santos

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